Amanhã é á Páscoa, e algumas pessoas dizem que esta como outras datas são especificamente comerciais. Dizem que a compra de ovos é um ato consumista que sustenta o capitalismo. Vamos lá então: Quando escolhemos coca-cola ao invés de Dolly, Skol ao invés de Bavária, um sapato da moda ou daquela determinada loja, cabelo liso ou solto e crespo para parecer alternativo. Enfim, vivemos quase sempre movidos pelos modismos ditados pelas campanhas e seus marketings fabulosos que impulsionam o comércio e por tabela fortalecem o capitalismo. Nem sei se felizmente ou infelizmente é assim. Quem não trocou ou pelo menos sonhou em trocar seu celular por um modelo mais novo. E o Tablet então, sonho de consumo de milhões de pessoas. Já na infância a Barbie, as princesas, o Bem 10 e por aí vai. Eu em particular acho que o nascimento é uma campanha de marketing onde a cor azul e rosa já definem papéis, às vezes destrói vidas e quase sempre dita caminhos. Mas nos preocupamos com a Páscoa, coelhinhos e chocolate, Papai Noel e o Natal e quem sabe a possibilidade de mais uma oportunidade de falar, gritar e pedir por gentileza, solidariedade, reconciliação, compartilhar e por aí vai. Por outro lado não sou inocente a ponto de acreditar que uma simples data possa modificar alguém ou algo dentro de nós. E preciso muito mais como, por exemplo, vontade e necessidade de mudança. Mas por outro lado eu acredito sim que por mais chata que seja (e pra mim não é) a reunião com amigos, colegas de escolas, professores e seus alunos e a família, é sempre uma nova oportunidade de se aproximar, se reconciliar, divertir, cumprir apenas uma tradição, reforçar conceitos vividos ou não no dia a dia, ou simplesmente nada disso. O que não podemos é fazer de conta que a Páscoa não existe por acreditar que estaremos reforçando o capitalismo. Não agimos nem pro bem ou mal. Em minha opinião ficar em cima do muro é a pior e mais humilhante posição a se escolher na vida.E quando falo isto em nenhum momento acho que na escola temos que ensinar o conceito religioso, mas não podemos ignorar o que acontece no mundo real.
Cilnéia felippe
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