quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Céu


Da janela do meu quarto vejo um espetáculo,

Um céu estrelado feito manto encantado

bordado com pedras brilhantes, salpicadas ao acaso

que acalanta e envolve os pensamentos mais

distantes que surgem nestes momentos.

Da janela do meu quarto olhando o céu, penso

na imensidão e me perco diante de tanta beleza

e mesmo às vezes desacreditando de tudo, me apego

nesta certeza, de que ainda vale a pena, e que mesmo

em meio a escuridão e o silêncio da noite,

me sinto leve, em profunda clareza.

Cilnéia Felippe


5 comentários:

  1. É nesse silêncio da noite que encontramos a nós mesmos, para um diálogo com Deus.

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Oi Suzana..
    É sempre um prazer e uma felicidade a sua visita.Estive no seu blog e sempre fico sem ar com os teus textos.Às vezes penso ver a tua alma os teus sentimentos, mas tenho muito medo de comentar, pois sempre digo que a beleza das palavras está justamente em quem escreve deixar suas marcas e quem lê tentar achar pistas e encontar o significado.E é ai que mora o perigo, nem sempre achamos o significado mais correto. É muito doido tudo isso, às vezes me pego lendo um texto e mesmo você dizendo ser ficção, fico querendo ir além,sabe tipo dar conselhos, pegar no colo, fazer carinho coisa de gente mais velha...
    Novamente fico muito feliz com a sua visita.

    ResponderExcluir
  3. Néia,

    Obrigada pelo carinho, pela atenção!

    Sim, no O MEDO DE SUZANA escrevo sobre mim e no CONTOS DE LILY, ficção. Mas, digo-lhe, como separar o corpo que escreve da alma? Como? Cria-se uma história, inventa-se, ou um poema sai inteiro, de uma vez só, sem razão aparente ou porque uma palavra foi lida ou falada. Às vezes, feito naquele texto, MELHOR ASSIM, eu estava escrevendo a primeira frase ("perco-me em teus endereços") num comentário que fazia num texto de uma amiga blogueira. Ela tem vários endereços e eu realmente me sentia perdida, não sabia se era Blog novo ou renovado, decoração nova. Daí, a frase ganhou espaço em mim e eu escrevi (um e-mail para mim mesma) o resto. Esse "resto", Néia, com certeza não é ficção. É a alma falando. Falando o quê? Para quem? Sim, há um enigma e eu tenho as repostas, mas eu gosto é das respostas de quem me lê. Às vezes, posto lá "gente, isso aqui é ficção", faço eu mesma um comentário, mas estou decidindo-me a parar com isso. Percebi que isso magoa os amigos e isso eu não gosto e nem quero. Eu preciso das interpretações, são elas que dão vida ao meu texto. O texto é meu, mas após publicado passa a ser de todos e a minha interpretação fica pequena demais. Quem dá movimento a eles, quem dá a vida são os comentários alheios, as diversas interpretações.

    Escrevo numa espécie de exorcismo, o que me ajuda muito a entender "as coisas da vida", e, a opinião dos outros clareia, consola, apóia e também inspira.

    Então, fique à vontade. Vou até modificar a mensagem que deixei no quadro de comentários.

    Obrigada por participar!

    Um abraço,

    Suzana/LILY

    P.S.: vou postar esta minha resposta a você lá também, para que todos possam ler.

    COM CERTEZA, NÃO POSSO CHAMAR AS COISAS DA MINHA ALMA DE FICÇÃO.

    ResponderExcluir
  4. Oi, Néia!

    Creio que não expliquei bem quando eu me referi aos amigos. Eles falam em realidade, eu falo em ficção e, às vezes, ou muitas vezes, sou um pouco seca para responder, digo que é ficção e ponto. Eles estão certos, eles devem interpretar tal qual sentem e eu amo isso, mas, da mesma forma que passei a vida tendo dificuldade para tocar nas pessoas, também, muitas vezes, tenho dificuldade de expressar-me. Escrever um texto é mais fácil para mim que comentar. Gasto mais tempo comentando nos Blogs dos amigos e no meu próprio que escrevendo, pois fico medindo palavras e creio não ser boa nisso; feito costureira, com fita métrica em punho, contando duas palavras para cá, duas para lá. Quanto mais meço, pior fica.

    Então, voltando, quando venho aqui e escrevo que o texto é ficção, esqueço para trás a fita métrica ou meço tudo errado. Soa metálico, repreensivo. É total falta de jeito mesmo.

    Você me ajudou muito com teu comentário em teu Blog e aqui. Ao escrever um texto, sou aquela costureira que pega o pano, corta e monta a roupa. Ao entrar nesta caixinha apertada aqui, para comentar, sou aquela costureira que teve que fazer conserto e costureira que faz conserto não cria peças e vice-versa.

    Olha só o tamanho dos meus singelos comentários... rs!

    Beijos!

    P.S.: desculpe-me pela total invasão em tua página.

    ResponderExcluir
  5. Nossa é um prazer e uma aprendizagem...

    Ao ler de primeira o seu comentário, fiquei apavorada, falei para mim mesma,já fiz uma porcaria. Quando li "melhor assim", fiquei com vontade de dizer, esquece o endereço,viva sem rumo que a hora certa você saberá.Diga para o endereço se mudar de vez de endereço.Eu sou assim, passional, tomo as dores e quero resolver mesmo não tendo nada com isso.Pode até mesmo ser ficção, mas parece tão real.Para mim era vc se referindo a uma relação com alguém. Minha filha também tem blog e me diz para comentar com cautela para eu não me comprometer. Mas não consigo. às vezes até não escrevo o que penso, mas venho tentando.Entro no seu blog várias vezes ao dia e leio uma mesma poesia,e fico sempre a imaginar... Entro em outros blogs, todos fascinantes, cada um ao seu estilo,mas vc tem uma forma muito especial de escrever que envolve e me intriga.Como ja disse leio rápido, leio novamente e leio de novo...
    Suzana caso vc queira postar isto no seu blog para que eles entendam as suas respostas, fique à vontade.
    Sua visita é sempre uma alegria, ilumina a noite e clareia ainda mais omeu dia...

    ResponderExcluir