Sem ar, sufocada, calada e à beira do nada.
Minha boca é agonia seca que se cala diante
das tuas palavras, do teu senão e da tua falta...
Coração deveria ter detector de desilusão,
alarme de emergência e por que não o botão
do pânico para ser acionado quando necessário.
Cansei de invasão e de posseiros sem razão.
Se alertada eu saberia em qual terreno pisaria...
Hoje quero apenas a segurança de terra firme...
Mas não, coração é terreno de ninguém até
que alguém entre tome posse e te possua.
Hoje eu não sou de ninguém...
Néia felippe
Magnífico e melancólico poema.
ResponderExcluirSaudade, palavra triste quando se perde um grande amor...
Beijinhos.
Ah, Neia!
ResponderExcluirSaudade é voltar ao que não se viveu naquilo que se viveu-e que esta então ainda disponível para ser vivido mas ainda com mais intensidade e consistência e liberdade.E o não ser de ninguém só projecta essa liberdade...O seu texto é um exame lúcido do amor próprio que é fundamento de qualquer relação humana...Te deixo um abraço carinhoso de Portugal para o Brasil.
errata-
ResponderExcluir...e que está então ainda disponível para ser vivido...E o "
não ser de ninguém" só projecta essa liberdade...
Parabéns finalmente chegou o dia da sua aposentadoria
ResponderExcluirTerça acaba o sufoco...Tenho certeza que logo será a sua. Beijos e saudades
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