sexta-feira, 23 de maio de 2014

Saudades...

 
Sem ar, sufocada, calada e à beira do nada.
Minha boca é agonia seca que se cala diante
das tuas palavras, do teu senão e da tua falta...
 
Coração deveria ter detector de desilusão,
alarme de emergência e por que não o botão
do pânico para ser acionado quando necessário.
Cansei de invasão e de posseiros sem razão.
Se alertada eu saberia em qual terreno pisaria...
Hoje quero apenas a segurança de terra firme...
Mas não, coração é terreno de ninguém até
que alguém entre tome posse e te possua.
Hoje eu não sou de ninguém...
Néia felippe
 
 
 


5 comentários:

  1. Magnífico e melancólico poema.

    Saudade, palavra triste quando se perde um grande amor...

    Beijinhos.

    ResponderExcluir
  2. Ah, Neia!
    Saudade é voltar ao que não se viveu naquilo que se viveu-e que esta então ainda disponível para ser vivido mas ainda com mais intensidade e consistência e liberdade.E o não ser de ninguém só projecta essa liberdade...O seu texto é um exame lúcido do amor próprio que é fundamento de qualquer relação humana...Te deixo um abraço carinhoso de Portugal para o Brasil.

    ResponderExcluir
  3. errata-
    ...e que está então ainda disponível para ser vivido...E o "
    não ser de ninguém" só projecta essa liberdade...

    ResponderExcluir
  4. Parabéns finalmente chegou o dia da sua aposentadoria

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Terça acaba o sufoco...Tenho certeza que logo será a sua. Beijos e saudades

      Excluir