Especialmente especial.....
Por ser mãe de uma criança especial e professora de Educação Infantil me interesso sempre por assuntos ligados com o tema inclusão. Discutir inclusão, ainda é para mim, um assunto muito delicado, sendo assim, me sinto na obrigação de estudar, conhecer, procurar caminhos e refletir sobre o tema. Para refletir, ser imparcial é muito delicado, pois de um lado sou mãe e quero que a minha filha tenha todos os seus direitos respeitados, por outro lado, e falando como professora, reconheço a dificuldade que muitos professores enfrentam nas escolas, com salas superlotadas, sem adaptação alguma para receber determinadas crianças e por fim uma equipe que não veste a camisa e acha que aquela criança especial é responsabilidade apenas do professor titular da sala.Como interligar os conhecimentos específicos que com certeza são necessários, com os sentimentos e necessidades destas e de todas as crianças que necessitam de uma atenção mais direcionada? Integrar, incluir, cuidar e educar ganha dimensões maiores quando falamos de inclusão. E quando afirmo isto, faço um passeio na minha própria história como educadora, pois em 1994 quando recebi a minha primeira criança especial, gritei e protestei, pois ficava imaginando como trabalhar sem ter sido preparada, ou pelo menos possuir Algum conhecimento específico. Lentamente fui percebendo que a única coisa que aquela criança precisava não era avaliações, sistemas e diagnósticos, pois ela precisava apenas de carinho, atenção e um voto de confiança.
Em 1996 mais precisamente em 07 de outubro, ganho de presente de aniversário a Giovanna, que por uma infelicidade do destino teve paralisia cerebral. Aí sim, foi que realmente eu percebi o quanto carinho, atenção e coragem fazem diferença na vida de uma criança especial.
Assim ao pensar em inclusão e escola, penso imediatamente nos progressos da minha filha. Hoje freqüentando uma escola regular, percebo o quanto ela cresceu, entretanto, percebo também o quanto o seu grupo a sua escola ganhou com a sua presença. Tenho certeza que a inclusão faz bem a saúde e todos saem ganhando, pois no dia a dia aprenderão a conviver e respeitar as diferenças em tempo real. Não é nada fácil incluir, entretanto, se não tentarmos, nunca saberemos do que estas crianças maravilhosas são capazes. Como professora e mãe, sei que estamos ainda longe do ideal sonhado, entretanto os movimentos apontam para uma tentativa que me faz acreditar poder trilhar um caminho correto e desejado.
Texto:Professora Cilnéia
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Que depoimento! Maravilhoso!
ResponderExcluirPosso colocar no n/ blog?
bjs.
Leikinho..
ResponderExcluirPor mim,tudo bem!